Paul McCartney diz não se importar sobre com será lembrado
Nesta quinta-feira (23), Paul McCartney esteve na BBC Radio 6 para falar, principalmente, sobre o relançamento de seu álbum “Flowers In The Dirt”, lançado originalmente em 1989.
Durante os pouco mais de 20 minutos de entrevista, porém, o músico ainda falou sobre outros assuntos: John Lennon, a sua participação no novo álbum de Ringo Starr, Chuck Berry e de como ele influenciou a sua música e a dos Beatles, sobre o que aprendeu com cada parceria musical e, de forma despreocupada, sobre como gostaria de ser lembrado pelas pessoas.
Depois de falar sobre o impacto de Chuck Berry, que faleceu no último sábado (20), foi perguntado a McCartney se ele pensa em como será lembrado, em relação a homenagens, como aconteceu recentemente com Bowie, Prince e Berry. Na resposta, o músico afirmou:
“Sim, eu acho que todos pensam sobre isso. Eu acho que você também mas logo tira da cabeça. Eu faço isso. Não costumo ir muito a fundo. Eu sou simplesmente muito espontâneo sobre isso. Eu lembro de John uma vez me dizendo: ‘Eu me pergunto como eu vou ser lembrado. Eles vão se lembrar bem de mim?’ E eu tive que tranqüilizá-lo, dizendo: ‘olha pra mim, você será muito lembrado. Você fez tantas coisas boas. De forma alguma alguém vai esquecer de você. Você foi ótimo’, mas foi engraçado. Ninguém pensava que John teria insegurança sobre isso. Mas acho que as pessoas costumam ter. Você pensa que vão pegar seus piores trabalhos e falar deles, ou vão pegar suas melhores criações, não sei. Felizmente, isso não vai importar, porque eu não estarei aqui. Eu não me preocupo com isso. É exatamente o que nascemos e o que vamos deixar.”
Você não pensaria que John teria sequer um pouco de insegurança remota sobre isso. Mas eu acho que as pessoas fazem. Você pensa: “O que eles vão dizer? Eles vão tirar suas piores críticas e ir ‘ooh’, ou eles vão levar o seu melhor material ou o que quer?” Felizmente, não importa porque eu não estarei aqui. Eu não me preocupo com isso. É exatamente o que nascemos e o que vamos deixar.”
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